Dois poemas de Amílcar de Castro, artista plástico e poeta, retirados do Suplemento Literário de Minas Gerais/dezembro de 2002.
A Consciência do fazer
Eu sou porque ela é.
Ela é porque eu sou.
Somos de graça.
A superfície está em branco.
Eu também.
Se com um gesto a toco,
eu sou tocado.
A grama desenha o verde
A grama desenha o verde
A árvore desenha o céu
O vento desenha a nuvem
A nuvem desenha o azul
A água desenha o rio
E o homem desenha o tempo
na exatidão do sonho.
Amílcar de Castro
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